Planaltina: Célio Rodrigues, no epicentro de um negócio nada republicano

Administrador Célio Rodrigues, nessa foto era o presidente da ASCIP em 2014

A Administração de Planaltina passa por um momento crítico em relação à ética e a moral, envolvendo o seu administrador.

O Administrador, Célio Rodrigues, está no epicentro de um episódio nada republicano que aconteceu em 2014, quando era presidente da ASCIP (Associação Comercial Industrial de Planaltina).

Entenda o caso

Em 2014, Célio Rodrigues, de forma malfadada e nada republicana para não dizer “fraudulenta“, tentou vender o lote da sede da ASCIP, a um preço muito abaixo do mercado.

O atual Administrador Célio Rodrigues, como dirigente maior da associação, conduziu todo processo de venda, no valor de R$ 165.000.00 mil reais, que incluía também uma permuta com a TOP LINE Construtora, como consta na ata abaixo.

Ata da associação considerada fraudulenta, por isso cancelada

Para que o Célio Rodrigues tivesse a autorização para concretizar a venda, era necessário aprovação da assembléia geral, isto é, necessitaria da assinatura da maioria dos associados na ata da reunião da assembléia geral, que por lei tem que ter um quórum mínimo.

Ata da Assembléia Geral Extraordinária – 27/11/2014
Ata assinada pelo então presidente da ASCIP – Célio Rodrigues e seu Secretário Paulo Henrique Pereira Couto Cabral

É aí que entra o episódio nada republicano, segundo como consta nas atas, Célio Rodrigues assinou de forma diferente por diversos associados que não estavam presentes, contrariando assim o Estatuto da ASCIP que não autoriza este tipo de conduta por parte dos seus dirigentes.

Célio Rodrigues assinou por diversos associados, conseguindo assim o quórum necessário para a aprovação. Nas fotos das atas foram marcados os locais onde Célio assinou de formas diferentes, manobra essa que induziu o erro do cartório na aprovação e registro da ata. Por casos de fraude como essa, hoje os cartórios de registros, exigem que além das assinaturas na ata, sejam apresentadas cópias dos documentos de identidade e CPF dos presentes.

Paira a dúvida se realmente essa reunião de fato aconteceu ou se foi apenas documental, (uma praxe irregular muito utilizada por associações).

Mesmo com a ilegalidade, o cartório de Sobradinho, por boa fé, registrou a ata que liberava a transação, consequentemente a negociação da venda do terreno foi concluída, inclusive entregue o documento de escritura de compra e venda, conforme foto abaixo.

Escritura Pública da venda do Terreno da ASCIP
Valor da transação R$ 165.000,00 pago em moeda corrente a ASCIP

Entenda como a negociação considerada fraudulenta foi descoberta e cancelada

No entanto, após uma averiguação por parte do Conselho Supremo da ASCIP (Conselho Normativo e Fiscalizador) foi constatada a ilegalidade das assinaturas na ata da assembleia geral.

Após a constatação da irregularidade por parte do então Presidente Célio Rodrigues, toda a transação foi cancelada, por ordem do Conselho Supremo da ASCIP.

Por que não houve uma denúncia crime?

O Conselho Supremo não levou o caso a justiça, pois Célio se comprometeu em deixar a Presidência da ASCIP e também resolver a situação com a também lesada construtora.

Célio Rodrigues fez uma carta de retratação na tentativa de limpar o seu nome, colocando-se como um cristão devoto e inocente, alegou também que tinha uma procuração para poder assinar pelos faltosos da reunião. Mesmo tendo o conhecimento que o estatuto da ASCIP não autorizava tal procedimento.

Célio Rodrigues que foi efetivado como administrador pelo deputado Cláudio Abrantes, sofre a maior de todas as rejeições por parte das lideranças e da comunidade que um administrador já teve em Planaltina.

Protestos contra a nomeação do Célio Rodrigues

Os protestos nas redes sociais aumentam a cada dia, faixas direcionadas ao governador tomam conta de lugares de visibilidade estratégica.

Faixa de protesto contra a nomeação de Célio Rodrigues em frente a administração de Planaltina

A Administração Pública, de acordo com as nossas leis, deve se pautar pelos princípios da: LEGALIDADE, IMPESSOALIDADE, MORALIDADE, PUBLICIDADE e EFICIÊNCIA.

O Administrador Célio Rodrigues é um homem público e suas atividades pregressas na condução da ASCIP pode indicar no mínimo um desvio de conduta ética e moral. Fato esse que deveria ser fator impeditivo de sido indicado para ser nomeado como administrador regional.

Deputado Cláudio Abrantes (PDT) líder do Governo na Câmara Legislativa – eleito e reeleito levantando a bandeira da ética e moralidade com as coisas públicas

Os fatos precisam vir a público para que o deputado da cidade, Cláudio Abrantes, responsável por sua indicação como administrador, possa mediante a critérios éticos e morais, avaliar melhor os nomes daqueles que pretendem liderar a cidade.

Balançar uma bandeira na rua no período eleitoral não qualifica alguém para ser o chefe do executivo local, nem muito menos a amizade de longa data. O político sério não deve favor e as suas escolhas se pautam pela análise das competências e pela lisura no trato com as coisas públicas e privadas.

Temos o governador, Ibaneis Rocha, que tem um gabinete formado por técnicos competentes, que deveria servir de exemplo para o seu lider do governo escolher da mesma forma.

Características de um Administrador Regional

E imprescindível que a população veja na figura do administrador regional um homem ético, que tenha moral e uma conduta ilibada em todos os sentidos. Que possa até ter balançado a bandeira na campanha, mas precisa ser também técnico e ético.

Célio Rodrigues é sempre lembrado como um dos responsáveis pela saída do antigo administrador, foi chefe de gabinete e, naquele período, a administração regional teve um desempenho pífio nas devolutivas das solicitações populares, ocasionando a exoneração do antigo administrador.

Esperamos que o deputado Cláudio Abrantes, Líder o Governo na Câmara Legislativa, agora conhecedor dos fatos, possa repensar em sua decisão, e escolher alguém técnico científico e acadêmico para estar a frente da cidade mais antiga de Brasília. Lembrando que o deputado sempre foi eleito com a bandeira da ética e da moralidade, tem que ter no mínimo a coerência de cobrar e exigir a mesma conduta de seus assessores.

Fotos: Internet

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